APONTAMENTOS NUMERADOS
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O sol de outono da manhã faz carinho nos póros da pele - teus olhos de olheiras não se incomodam mais com a luz morna.
O tempo virou, a chuva é ainda melhor que o sol, as nuvens tornam tudo sombreado. As pessoas ficam dramáticas na chuva, as pessoas ficam molhadas.
Viva a poesia dos incômodos chuvosos, dos encontros sob a marquise com goteiras - viva o compartilhamento de guarda-chuvas.
Que o sol central imperial possa tirar folga todos os dias, viva os odores que sobem quando a chuva explode.
O que vale é a intenção, tudo bem com a solidão, derramei um gole de gengibre pro teu santo.
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