terça-feira, 3 de junho de 2014

MADRUGADA

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Agora é o fluxo, me convenço. Deixar os sensores ligados, as pistas que se desdobram. Sonho de infância, insetos verdes na caixinha, crianças más que adestram insetos cheios de protuberâncias no corpo, cada vez mais treinados para fazer o mal. Penso em abrir a caixinha, abrir o chamado livro de caras, ver se a luz verde dela anda acesa,  contar do pesadelo na madrugada, correr o risco de bancar o maluco perturbado, perturbador.

O menininho tinha medo de formigas, tinha pavor, berrava muito, fingíamos que tínhamos formigas entre os dedos, jogávamos formigas imaginárias dentro da camisa do menino, ele tinha certeza que as formigas picavam sua pele branca e vermelha


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